23 fevereiro, 2012

Guardar

 São um milhão de palavras. Elas se amontoam mais do que cartas em porta de artista famoso ou algo assim.  Elas se formam e logo se perdem, porque não me permito dize-las em voz alta. Não permito a elas o nascimento. Talvez seja isso, eu mato tanto minhas ideias. Mato, escondo, finjo que elas não existem. Mas pior que matar minhas ideias, é que junto a elas morrem também meus sentimentos, minha esperança nas pessoas e meus sonhos.  Dá pra reverter?

Beatriz Oliveira.

31 dezembro, 2011

Última mensagem...


 Serei bem direta quanto ao meu ano, que foi em partes difícil, em partes doce e em partes longo demais.  
Tenho só a agradecer aos que fizeram ele mais leve e mais feliz. Aprendi MUITO. Pude perceber o quanto a caminhada é pesada, mas a recompensa que Deus nos dá é maravilhosa. =)
 Desejo a todas as meninas que escrevem em seus blogs um 2012 cheio de experiências, cheio de chuva, cheio de calor, de sensações, sentimentos, de perfumes e amores pra rechear seus maravilhosos textos!
 Espero que esse ano que esta batendo a porta possa me ensinar muito mais sobre a vida, que nele estejam todas as pessoas que amo com saúde e alegria, que a gente possa compartilhar e viver outros momentos tão especiais quanto os desse ano.

 E uma mensagem pra vocês, a última desse ano, que não é minha mas que me tocou muito quanto a esse recomeço: 

 "Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu.
  
 Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem de sentir confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.  

 Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.    

Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
  
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara." (Ana Jácomo)

 Feliz ano novo! Kss, Beatriz Oliveira.

20 dezembro, 2011

Frequência

 A gente ouve melodias o tempo todo procurando a batida certa pra nossa alma. Um dia quando eu ainda fazia parte do coral da igreja, a regente nos disse: Cada um tem sua frequência. E nos passou um teste onde todos deviam cantar após contar mentalmente até 20. Resultado: Cada um cantou em tempos diferentes, graças a essa frequência diferenciada. 

 Fiquei intrigada com tudo isso, afinal, não estamos falando apenas de música, estamos falando da frequência de nossas vidas. O tempo todo a mídia, colegas e desocupados tentam nos impor seus gostos e ideias, afim de que sigamos todos, os mesmo padrões. As mesmas ideias, os mesmos estilos. Alô, acorda mundo, nós fomos criados diferentes pra se encaixar uns nos outros. Pra trocar experiências e ritmos. 

 Vivemos impondo nossa maneira de seguir em frente aos outros. Porque afinal se faz bem pra mim pode fazer bem pra ele, não é? Não. Somos diferentes em diversos aspectos. O que faz bem pra você pode talvez fazer bem para o outro, mas quem vai mostrar isso não são suas palavras, serão suas atitudes e no tempo certo. Quando enxergar sua frequência nos outros, não tenha medo de tentar, não tenha medo de ser. Só procure perceber o resultado ao longo do tempo. Então se pergunte se é isso que quer afinal. 

 Nós somos a batida correta, entrelaçados, abraçados, trombando uns nos outros. E quando entendermos isso verdadeiramente, ai sim vamos saber o significado de que cada um tem sua frequência.

Beatriz Oliveira.

26 novembro, 2011

Não tem nada firme aqui dentro, tá tudo solto, indefinido.
E não por acaso, o que também está solto eu não gosto nem quero.

 Beatriz Oliveira.

14 novembro, 2011

For you, J.

 O que aconteceu com você? Eu costumava admirar tanto seu jeito de abraçar, de pular, de rir da vida.
Mas era tudo falso, eram tudo desculpas pra fugir do seu escuro interior. Sinto falta da sua amizade. Se houvesse uma forma de ter resgatar desse buraco. De trazer de volta o meu amigo, o meu amigo pra todas as horas. Me pergunto o que aconteceu pra você ter se transformado nessa criatura sem vida sem brilho nos olhos. Quando eu te vi assim andando sozinho por ai, largado como um cão, me doeu mais que tudo, eu não pude evitar as lágrimas. Apertei forte minhas mãos contra o peito.  

 Eu preciso de tantas respostas, quando o tempo passa rápido assim e nada parece poder voltar ao normal...

Beatriz Oliveira.